Descrição
A autoestima é a percepção que temos do nosso próprio valor e capacidades. Para melhorar a autoestima, a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) ensina a identificar e questionar pensamentos autocríticos ou distorcidos sobre nós próprios, substituindo-os por avaliações mais equilibradas e positivas. Este processo é conhecido como reestruturação cognitiva.
Por exemplo, um indivíduo que se considera “incompetente” pode, com a TCC, aprender a desafiar essa crença ao relembrar sucessos passados ou habilidades nas quais se destaca. Além disso, a TCC promove o desenvolvimento de hábitos positivos e realizações que reforçam uma autoimagem saudável (Padesky & Mooney, 1990).
Por que tenho baixa autoconfiança?
A baixa autoconfiança costuma estar associada a padrões de pensamento autocríticos, perfeccionistas ou comparações negativas com os outros. Esses padrões, chamados de esquemas cognitivos, são interpretações automáticas que temos sobre nós próprios, muitas vezes baseadas em experiências de vida e influências culturais (Beck, 2011).
A TCC ajuda a explorar a origem desses pensamentos e a substituí-los por interpretações mais justas. Por exemplo, se uma pessoa tende a pensar que “não é boa o suficiente” em determinada área, a TCC encoraja uma análise mais objetiva, avaliando evidências reais de competência e construindo um repertório de experiências positivas para fortalecer a confiança.
Como a TCC pode ajudar a aumentar a autoestima?
A TCC auxilia no aumento da autoestima através de uma abordagem estruturada para identificar pensamentos negativos e desenvolver comportamentos que promovam uma visão mais positiva de si mesmo. Além da reestruturação cognitiva, que permite substituir pensamentos críticos por afirmações construtivas, a TCC usa técnicas como a exposição gradual a desafios. Essas técnicas incentivam o indivíduo a enfrentar situações temidas, como falar em público ou procurar um novo emprego, ajudando-o a construir confiança com base nas suas conquistas (Fenn & Byrne, 2013).
A TCC ensina estratégias que ajudam a enfrentar e superar padrões autodestrutivos, permitindo que a pessoa tenha uma visão mais realista e encorajadora sobre si mesma e as suas capacidades.
Referências
- Beck, A. T. (2011). Cognitive Therapy and the Emotional Disorders. Penguin.
- Fenn, K., & Byrne, M. (2013). The CBT Handbook. Robinson.
- Padesky, C. A., & Mooney, K. (1990). “Presenting the cognitive model to clients.” International Cognitive Therapy Newsletter, 6(2), 18-21.